A hora e a vez do voto

Estamos a apenas algumas semanas das eleições municipais em todo o Brasil, e agora, mais do que nunca, é o momento de se pensar em quem merece receber o meu voto. Dado o fato de que o direito ao voto universal e incondicional é fruto de muita luta e é relativamente recente no Brasil, o meu voto é algo muito importante e quem o quiser tem que realmente fazer por merecer.
É uma pena, mas muita gente não se preocupa muito ainda com o fim que dará ao seu voto. E o troca por benefícios momentâneos e individuais. Muitos não se dão conta de que todos vivemos em coletividade e que a leviandade de sua escolha significa, em última instância, o prejuízo de todos nós. Os textos dos iluministas já indicavam, no século XVIII, que o governante deve agir em favor da "vontade geral" e que cada um de nós abriu mão de seu direito individual para constituir a sociedade civil e ser representado por indivíduos escolhidos por nós.
Na história do Brasil o direito ao voto é uma experiência quase nova. Por muito tempo, o voto foi censitário, depois, durante a República, tornou-se universal; com Vargas, as mulheres puderam votar, e Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente eleito diretamente depois dos anos de chumbo que a ditadura militar representou. Este é o momento de reflexão, de responsabilidade e de consciência de que cidadania não é exclusivamente sinônimo de direitos, mas principalmente de deveres, dentre os quais está o de escolher os nossos representantes com responsabilidade e o de fiscalizar se estão agindo de acordo com a vontade geral.

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