Obama

Nesta semana que passou todos nós participamos de um momento marcante da história contemporânea: a vitória de um negro na corrida pela Casa Branca. Para alguns - como já ouvi - pode parecer "bobo" comemorar a vitória de um negro. Ouvi comentários do tipo "se um branco como o McCain tivesse ganho, não haveria toda essa fuzarca". Bem, esqueceram-se de que os EUA, embora propaguem pelo mundo a idéia de grande democracia e exemplo mundial de tolerância racial, foram palco de grandes lutas em prol dos direitos civis dos negros - e não falo à época da abolição, mas de apenas 40 anos atrás. Há 40 anos a grande liderança do movimento, Martin Luther King, foi assassinado. Além disso, há nos EUA bairros étnicos: as cidades grandes têm o bairro dos latinos, dos negros, dos asiáticos, dos judeus... Tudo muito bem demarcado, muito bem definido.
Mas preocupa-me, também, a questão racial no Brasil. Nosso país que se define como local de tolerância racial e exemplo de convivência oculta o racismo por detrás de sua fala. Por detrás das piadas, dos comentários, respingam os quase 400 anos de intolerância racial, escravidão e de desigualdade social. Por detrás dos comentários, respinga, ainda, a idéia de que há alguém melhor do que outro.

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