Tenho que parar de reclamar





Cheguei da aula ontem por volta de meia-noite e o termômetro marcando 3ºC. Frio danado. Encapotada pelo sobretudo, cachecol e luvas, corri para o carro e liguei o ar-quente reclamando pelos cotovelos do frio que fazia. Foi quando fui tomada por uma vergonha enorme e incrível, que me cobriu de cima até embaixo: eu, que estava empacotada, com aquecedor me esperando em casa, tinha que tomar vergonha na cara porque tem gente, mas muita gente mesmo, que só tem um moletom puído pelo tempo e um cobertor velho para se proteger. E foi assim que fui dormir: tomada pela mais absoluta vergonha que alguém pode sentir de si próprio.

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