Expectativa é igual paçoca: do nada tudo se esfarela
Acredito que em algum momento você, que lê este texto agora, tenha se deparado com dicas sobre os efeitos terapêuticos do ato de escrever: ajuda a organizar os pensamentos, a acalmar a cabeça e a aliviar o coração. Há pessoas que sugerem que escrevamos as angústias ou o que nos incomoda de forma aberta, sem pudores, e que após descarregarmos o coração possamos destruir a escrita - colocar fogo no papel, apagar o arquivo de texto, jogar o exercício de um e-mail na lixeira e esvaziá-la. Vou começar este texto da forma como meu avô paterno começava a contar seus causos. E era assim: "certa feita..." Certa feita, há bastante tempo - o bastante para que ter preguiça de procurar -, eu escrevi uma coisa que tinha como título algo como "sonhos premonitórios". Era sobre um sonho que eu havia tido com um amigo de quem eu não tinha notícias há muito, muuuuito tempo. Pelas engrenagens da vida o nosso contato se perdeu. Eu sentia uma saudade danada das conversas que tínhamos